A intuição

                                                                                                         Breno Green Koff

Jornalista

A pretensão de esgotar a temática, muito difícil, é praticamente impossível. Mas, apenas, chama-se a atenção para algumas idéias acerca do assunto.

Etimologicamente, a intuição, do latim intuitos, (significa ver, perceber, discernir ou pressentir) é o ato de ver, de ter percepção de verdades sem raciocínio, que faz com que tomamos conhecimento de algo sem que se tenha consciência disso, ou seja, sem o auxílio do raciocínio.

Para o Filosofo Descartes, é uma faculdade supra-intelectual em que o homem só dispõe de dois caminhos para o conhecimento da verdade: a intuição evidente e a dedução necessária, sendo que a primeira é sempre correta.

Atualmente poucas pessoas utilizam a intuição, pois ela acabou sendo relegada pelo uso da inteligência, do raciocínio e do pensamento que são falíveis.

É sabido, todavia, que a intuição não é um dom e é possível ativá-la através de objetivos claros, devendo saber distinguir as informações objetivas e subjetivas, aliando a capacidade para fazer associações, conexões e analogias. Para os Apóstolos e Salmitas da Bíblia, o maior dom é o da profecia, que pode ser entendido como intuitivo; ?...aquele que conhece a si mesmo conhece o Senhor...? diz o Islamismo; ?...olha para dentro de ti tu és um Buda...?  ensina o Budismo.

A intuição permanece num estado sublimar e não está sujeita, como dito, ao controle do raciocínio e da lógica. Contudo, produz efeitos surpreendentes, aparentemente incompreensíveis, pela certeza  plena da  intuição em todos os campos da atividade humana.

Henry Ford, por exemplo, creditava a intuição o real  segredo de seu sucesso. Edison e Einsten, igualmente, se guiavam pela percepção ou intuição, que aparecia repentinamente ou após momentos de reflexões, nos principais inventos e descobertas. Lincol, afimava que a intuição é sempre presente desde que a mente e o espírito estejam abertos, principalmente afastados da vaidade. Provavelmente, senão com certeza, a boa revista que você está lendo surgiu de uma intuição, fato que a direção poderá confirmar.

Uma boa prática é  a de observar, com atenção, a intuição das mulheres, que é infalível. A escritora Agatha Christie (falecida), animou-se em compreender a intuição feminina anotando que as mulheres guardam com toda a atenção, todos os fatos, conversas e gestos, que ficam no subconsciente, como num banco de dados, e é despertada quando necessário. Essa é uma das faculdades de ver sem esforços; é noite escura para os demais e já é sol alto para os a que possuem.