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Garoto de 11 anos é serrado ao meio em Blumenau (SC)

Criminal - 24.07.2007 Garoto de 11 anos é serrado ao meio em Blumenau (SC) Um garoto de 11 anos, Gabriel Kuhn, foi morto na manhã de ontem (23), em Blumenau (SC). O corpo do menino foi serrado na altura do tronco e encontrado na casa de um outro adolescente, de 16 anos, que é apontado como o principal suspeito do crime. Segundo a polícia os dois adolescentes eram amigos. O jovem acusado disse aos policiais que havia discutido com o outro garoto por causa do computador e, depois disso, "não se lembrava de mais nada". O assassinato choca o Estado de Santa Catarina. O adolescente foi levado para a Central de Polícia de Blumenau para prestar depoimento. Depois, encaminhado para a Vara da Infância e Juventude da cidade. Moradores do bairro se disseram chocados e contaram que os adolescentes eram amigos e pessoas queridas na vizinhança. Gabriel Kuhn foi morto e teve as pernas separadas do corpo. A barbárie foi descoberta pelo irmão mais velho dele, por volta do meio-dia, na casa de uma família vizinha. Em depoimento acompanhado pelo pai e pelo advogado da família, o suspeito teria confessado o crime à delegada Rosi Serafim. Segundo a delegada, ele confirmou a discussão durante o jogo. Conforme o suspeito, na briga, ele teria estrangulado a vítima. Ao ver o menino desacordado, decidiu escondê-lo no sótão. Com uma escada, teria amarrado o corpo a um fio para suspendê-lo. Como estava pesado, teve a idéia de cortar as pernas. ?Ele cortou as duas pernas com faca e quando chegou na parte óssea, pegou uma serrinha?, relatou a delegada Rosi. Os pais não estavam em casa. Os legistas coletaram material para investigar se houve abuso sexual. O laudo sobre a causa da morte deve ser divulgado em 15 dias.

Mais detalhes

Segundo o jornal A Notícia (RBS), de Joinville, depois de depor, o adolescente suspeito foi conduzido ao IML e em seguida apresentado ao Ministério Público. A promotora da Infância e Juventude, Mônica Pabst, solicitou a internação provisória do jovem. A Justiça acatou o pedido. Não foi informado para qual centro ele seria encaminhado. Ontem, a cada cinco minutos chegava um familiar na casa de Gabriel. Ninguém compreendia como o amigo teve coragem de matá-lo. ?Sempre brincavam juntos. Ele (o suspeito) estava sempre aqui em casa, no computador com meus filhos. A gente fica até na dúvida se é ele mesmo?, inconforma-se o pai da vítima, Adelar Kuhn, 42. ?O Gabriel sempre foi um menino bom?, lembra saudosa a avó Dori Kuhn. Segundo vizinhos, o suspeito sempre ajudou os pais, era educado, quieto. A mãe de Gabriel está sendo amparada na casa de familiares. A mãe do suspeito mantém-se à base de calmantes. A violência está banalizada na sociedade. Esta é a idéia de psicólogos sobre tragédias como a ocorrida ontem. A psicóloga Estella Maris Hering Casas lembra que "não é possível apontar a causa do crime sem conhecer os envolvidos", mas acredita que "a exposição a conteúdos violentos precisa de uma revisão". Para a psicóloga Christine Gabel, "os sentimentos humanos e a vida estão desvalorizados, o que leva algumas pessoas a cometerem atos sem pensar nas conseqüências". Versão da delegada Rosi Serafim, com base em depoimento do suspeito "Por volta das 8h30, dois garotos, de 12 e 16 anos, que eram vizinhos, brincam com um jogo no computador no quarto do mais velho. Depois de discutirem, o mais velho, morador da casa, empurra o visitante em uma das camas e sai para a cozinha. Ele é seguido pelo visitante. Os dois garotos continuam discutindo. O de 16 anos parte para cima do menor e o estrangula. O garoto de 12 anos cai desacordado. O morador da casa leva o corpo do visitante ao corredor. O garoto de 16 anos tira as roupas do menino e amarra um fio ao corpo da vítima. Ele tenta içá-lo até o sótão, sem sucesso. Então corta as pernas. Para serrar os ossos, usa uma pequena serra. O irmão da vítima chega à casa e vê a cena".

(Da redação do jornal A Notícia, de Joinville).

FONTE: Espaço Vital Pesquisa: Breno Green Koff